Manter as crianças longe da tela dos dispositivos móveis já era uma tarefa difícil antes da pandemia. No entanto, durante o isolamento social o tempo que elas permaneceram conectadas aumentou consideravelmente. Especialmente no caso dos pequenos que ficaram em casa porque as aulas foram canceladas, antes mesmo do início da quarentena.

O distanciamento social determinado para conter a evolução do COVID-19 impactou a vida de todos. Principalmente das crianças que tiveram as aulas suspensas sendo as mais afetadas pela ausência de atividades em grupo. Logo, permanecerem mais tempo conectadas a tablets, smartphones e outros dispositivos foi a resposta imediata ao isolamento.

Situação que também alterou o dia a dia dos pais que tiveram que ajustar a rotina familiar, uma vez que as crianças ficaram mais tempo em casa, e muitas empresas aderiram ao home office nesse período. Assim, para conseguir trabalhar sem interrupções manter as crianças ocupadas com os dispositivos móveis foi uma solução emergencial, que certamente vai causar consequências a longo prazo.

Além de causar problemas de saúde físicos e mentais o excesso de tecnologia provoca obesidade, perda da visão e de massa muscular, assim como ansiedade e depressão. Inclusive, crianças extremamente conectadas também são mais irritáveis, apresentam dificuldades de concentração, atenção e memorização.

Nem sempre ficar muito tempo conectado é sinônimo de vício em tecnologia

Ainda que a criança ou adolescente tenha aumentado o tempo gasto enfrente as telas, não significa que se tornaram viciadas em tecnologia. Especialistas acreditam no momento que a rotina normalizar, elas vão reduzir a frequência com que permanecem conectadas.

Antes da pandemia os casos de crianças e adolescentes viciados em tecnologia correspondiam a 10% do total, durante o isolamento social não houve um aumento significativo desse percentual.

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Mesmo passando tanto tempo online as crianças sentem falta da interação social, embora não sejam capazes de entender que é esse o problema, já que os dispositivos móveis não substituem essa ausência.

Pais, estabelecer limites é a maneira mais adequada para evitar que as crianças passem muito tempo conectadas. Pois, a educação digital é tão importante quanto a alimentar para o bem-estar infantil.

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