A HPHPVV é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comuns em território nacional, com mais de 2 milhões de casos por ano no Brasil. Esta é uma doença transmissível pelo contato de pele com pele e, por conta disso, é considerada uma DST. Estatísticas apontam que 1 a cada 10 meninas que logo que iniciam pela primeira vez a vida sexual chegam a ter contato com esse vírus. É sobre este assunto preocupante que o Dr. Eliezer Berenstein, ginecologista e homeopata, tira as dúvidas nessa postagem do blog Homeopatia e Saúde.

Atualmente a rede pública de saúde oferece gratuitamente a vacina contra a HPV para meninas de até 12 anos de idade. “Após entrar na adolescência e ter suas primeiras menstruações, a garota está criando sua flora vaginal de mulher. Vaciná-la neste período é aproveitar essa janela imunológica”, explica Dr. Berenstein. HPV significa, em uma tradução da sigla, que é em inglês, “Papiloma vírus humano” e conta com diversos tipos de vírus. Geralmente não tem sintomas aparentes, mas quando aparecem, podem ser como verrugas nas regiões íntimas ou outras partes do corpo como veremos adiante.

Outro dado que merece atenção é que de 80 a 90% da população chega a estabelecer contato com o vírus ao menos uma vez durante a vida, independente de desenvolver algum tipo de lesão ou não. Muitas mulheres ainda contraem o vírus HPV por uma série de fatores, conforme explica o médico ginecologista e homeopata. “Em uma sociedade hedônica e liberal como a dos tempos atuais, epidemias das mais variadas já estão ocorrendo e a tendência é aumentar. Os vírus respondem a variações climáticas com mutações em sua genética e o cenário atual é no mínimo sombrio”, pontua Dr. Eliezer.

Para ele, nosso planeta apresenta uma superlotação favorável para que haja essa propagação da doença. “Temos um ambiente ideal para o alastramento epidêmico. Apesar de grandes avanços tecnológicos, estamos engatinhando na virologia”, diz o ginecologista.

O blog Homeopatia e Saúde, vinculado à Clínica Similia do Dr. Ariovaldo Ribeiro Filho e da Dra. Ana Lucia Dias Paulo, levantou que existem mais de 150 tipos de vírus HPV, alguns que podem desenvolver câncer de colo de útero, ânus e garganta. A detecção dessa doença é feita através de dois exames, como o teste de captura híbrida e também o teste genético PCR.

Cura

Aproximadamente 90% das pessoas que contraem algum tipo de vírus HPV, acabam por eliminar do próprio organismo por conta, sem tratamento. “Apesar da exposição aos agentes nocivos, algumas pessoas são resistentes a estes agentes. Milhares de pessoas adoecem em uma epidemia, mas nem todas. O que faz com que umas sejam mais suscetíveis que as outras ainda não é conhecido pela medicina, por isso se vacina a todos mesmo sem saber quem seria resistente ou não. O grande mistério a ser descoberto ainda está na suscetibilidade”, observa Dr. Heliezer.

No entanto, nos 10% da população em que o vírus se manifesta, essa doença é caracterizada pela aparição de verrugas ou mesmo lesões na pele que causam coceira – nem sempre são visíveis ao olho humano, tornando-se necessária a realização de exames para identificação dessas verrugas, como vulvoscopia, peniscopia ou colposcopia.

No corpo da mhomeopatia e saúdeulher, essas lesões podem aparecer na vulva, vagina e colo do útero. No homem, o local mais comum em que a doença se manifesta é o pênis. Independente do gênero, as lesões também podem aparecer na garganta, boca, ânus, pés e mãos.

Uma observação pensando na sua saúde: nem sempre ter verrugas nessas regiões significam que foram causadas por uma infecção proveniente do vírus HPV. Mesmo assim, buscar orientação médica é fundamental para identificação do problema e iniciar tratamentos para cada caso. Os especialistas que podem te auxiliar são ginecologistas, urologistas, infectologistas ou dermatologistas, por exemplo.

Como evitar

Além da vacina, uma das formas de evitar contrair o vírus do HPV é usar preservativo, tanto masculino quanto a camisinha feminina. Pessoas com uma vida sexual ativa estão suscetíveis a entrar em contato com o vírus e é importante destacar alguns fatores de risco para que contrair essa doença ocorra, como iniciar a vida sexual muito cedo, não realizar exames de rotina, ter vários parceiros ao mesmo tempo, estar com o sistema imunológico enfraquecido ou mesmo já ter no organismo a presença de outros tipos de DSTs.