De repente o chão oscila, um enjoo terrível nos acomete e parece que estamos dentro de um navio balançando em plena tempestade tropical! Isso é o que acontece quando uma pessoa tem uma crise de labirintite. O blog Homeopatia e Saúde vem explicar tudo sobre a labirintite.

A labirintite é uma doença do ouvido, podendo ser de origem bacteriana ou viral, que ataca o labirinto e afeta, entre outras coisas, as estruturas responsáveis pelo equilíbrio corporal, daí a sensação de desequilíbrio seguido de tonturas fortes e oscilação constante.

labirintite similia

Funciona assim, quando inflamadas as áreas do ouvido interno fazem os nervos do vestíbulo acabarem enviando sinais errados e confusos ao cérebro, como se o corpo estivesse se movimentando – vestíbulo é um conjunto de órgãos do ouvido interno responsáveis por comandar o equilíbrio corporal.

No entanto, os demais órgãos como pernas, braços e olhos não recebem essa mesma informação, causando confusão entre os estímulos emitidos pelo cérebro e o que de fato nosso corpo age, fazendo acontecer o desequilíbrio e a tontura intensa.

Muito comum entre mulheres e idosos, por serem mais suscetíveis aos principais sintomas de tontura e náuseas de modo geral, a doença também pode atacar os mais jovens por hábitos nocivos como stress e consumo excessivo de cigarro e álcool. Outro fator que os especialistas apontam entre os mais jovens é o uso exagerado de fones de ouvido, uma vez que o som muito alto aliado à exposição freqüente de ruídos costumam lesionar as células sensoriais de órgãos internos do ouvido que ficam em contato íntimo com o labirinto.

Além do mais, a sujeira acumulada nos fones de ouvido costuma levar bactérias às paredes internas do ouvido e podem causar algumas infecções e diversas inflamações, muitas vezes levando á ocorrência de labirintite.

Para o Dr. Ariovaldo Ribeiro Filho, o maior perigo dessa doença é o surgimento de crises que levam a eventuais quedas acidentes. “Normalmente a pessoa que está em crise tem tendência a cair para um dos lados, e isso, essa vertigem, pode provocar acidentes. As náuseas e vómitos costumas acompanhar as crises também”, explica o médico homeopata.

Alguns fatores de risco contribuem para o surgimento da labirintite ou mesmo um agravamento quando a pessoa já tem o diagnóstico clínico confirmado:

  • Hipoglicemia
  • Colesterol alto
  • Hipertensão
  • Diabetes
  • Consumo exagerado de álcool
  • Otite
  • Tabagismo
  • Cafeína em excesso
  • Ácido úrico desequilibrado
  • Alimentação deficiente
  • Alguns medicamentos usados no controle da depressão, uso antibióticos e de antiinflamatórios
  • Excesso de açúcar
  • Bebidas que contém quinino, como as gaseificadas
  • Depressão, estados de angústia como síndrome do pânico

Os principais sintomas relatados, que podem perdurar por dias, dependendo do grau de intensidade da crise, são:

  • Vertigem
  • Náuseas acompanhadas de vômito, na maior parte das vezes
  • Suor excessivo
  • Zumbidos no ouvido
  • Alterações gástricas e intestinais
  • Audição comprometida
  • Desequilíbrio
  • Febre
  • Infecções em diversas partes do corpo
  • Descontrole no movimento dos olhos, conhecido cientificamente como nistagmo
  • Fraqueza
  • Em casos raros, convulsões
  • Desmaios

Ao perceber esses sintomas, isolados ou em conjunto de outros, o paciente deve procurar um médico, a fim de realizar exames indicados por ele, que costumam ser eletroencefalograma, exames de audição específicos, ressonância magnética da cabeça, entre outros exames, para definir o diagnóstico exato e iniciar o tratamento correto.

Atualmente, novos tratamentos são usados com muita eficiência para amenizar as crises de labirintite, inclusive fisioterapia, que embora não seja uma doença perigosa, causa muitos transtornos e incômodos ao paciente.

O tratamento, além de medicamentos e fisioterapias específicas, inclui uma mudança de vida significativa, como evitar bebidas alcoólicas e fumo, adotar uma dieta saudável, atividades físicas, que além de equilibrar a saúde de uma forma geral, ajudam no controle do stress e da ansiedade, que são um dos fatores desencadeantes de crises de labirintite.

Durante a crise, o paciente deve tomar algumas medidas a fim de diminuir o desconforto e apressar a cura, tais como:

  • Se manter quieto e descansar o máximo possível
  • Evitar stress ou aborrecimento, pois a doença é intimamente ligada aos estados de espírito alterados, como ansiedade, depressão e nervosismo.
  • Evitar movimentos bruscos
  • Evitar esforço físico e sobre carga muscular
  • Procure ambientes de pouca claridade, evitando leitura e estímulos visuais
  • Dirigir carro ou moto, operar eletrônicos cortantes são atividades que só podem ser realizadas apenas 15 dias após o sumiço dos sintomas.
  • Subir escadas se torna uma ação de risco até uma semana depois da crise aguda.

Após o tratamento, em poucos dias os sintomas mais agressivos desaparecem, como a instabilidade e a angustiante sensação de pisar no espaço vazio, mas deve-se lembrar sempre que mesmo desaparecendo os sintomas agressivos, a doença ainda não foi estabilizada completamente e seu controle é lento e exige constante atenção, principalmente quanto aos hábitos e estilo de vida, tanto alimentar quanto emocional.

“A homeopatia pode ajudar, com medicamentos e no controle dessa doença, evitando que a pessoa entre em crise”, completa Dr. Ariovaldo.

Procure sempre um médico se sua confiança.