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O melhor alimento para bebês de 0 a 6 meses é sem sombra de dúvidas o leite materno.

Na semana mundial de aleitamento materno, dando continuidade ao texto “Amamentar: mais que um ato de amor”, vamos falar um pouco mais sobre a amamentação e seus benefícios. Também abordaremos as opções de substitutos nos casos raros em que a mãe por algum motivo não pode amamentar. 

 

Para o bebê, leitinho da mamãe

Alguns minutos após o parto, se este foi normal, e algumas horas, se foi cirúrgico, já se observa o aparecimento do colostro, que é bem branquinho, de aparência fina. Ele corresponde a uma parte inicial do leite, materno rico em açúcares e minerais para repor ao recém nascido toda energia despendida no parto.Do terceiro dia em diante, mais ou menos, já se percebe a descida do leite materno,  mais espesso e de cor branco mais leitoso, que se intensifica no passar dos dias.

O aleitamento materno deve ser estimulado e mantido por 6, 8, 12 meses. Até 6 meses é recomendado o aleitamento exclusivo em livre demanda (numa média de uma mamada a cada 3 horas totalizando de 6-8 mamadas por dia, sendo 1 ou 2 durante a noite).

 

E se o leite materno for insuficiente?

ATE-QUANDO-AMAMENTAR-PARTE-1 A verdade é que não existe leite insuficiente. Como explica a Dra. Ana Lúcia Dias Paulo, pediatra homeopata: “Devemos, primeiramente, ter o entendimento que, como mamíferos que somos, cada mãe produz quantidade e o tipo de leite mais apropriado para o seu filhote, sendo assim, a quantidade de leite materno deve ser ajustada as necessidades do bebê. Com o crescimento dele e o ganho de peso do filho, naturalmente  a produção do leite materno  aumenta na mesma proporção.

Nos casos em que o leite fica insuficiente, devem ser analisadas algumas questões como: alimentação da mãe, a quantidade de água, fatores emocionais, entre outros”

Lembrando que todo líquido que a mãe ingere participa da formação do leite materno sendo a água, sem dúvidas,  o melhor e  mais adequado.

Existem situações específicas em que há real necessidade de complementar a necessidade do bebê, mas estas devem ser muito bem analisadas pelo pediatra. Vale sempre lembrar que o ideal para bebês humanos é o leite humano, se possível, da própria mãe.

Aleitamento misto Quando algum outro leite é oferecido ao bebê além do materno chamamos de aleitamento misto. Conheça algumas possibilidades de complementos lácteos, lembrando que não devem nunca ser oferecidos por conta própria, uma vez que qualquer leite que não seja o  materno, pode ser responsável por situações de intolerância alimentar e consequente surgimento de alergias alimentares.

 

Leite de arroz?

leite-de-arroz3 Quando se trata de aleitamento misto, temos algumas opções além do leite de vaca para esse complemento. É muito comum pediatras alopáticos indicarem aquelas fórmulas lácteas que nada mais são que leite de vaca modificado adaptado à necessidade do bebê, porém existem mais opções, inclusive de leites de origem vegetal, menos agressivos ao delicado sistema digestivo e intestinal do bebê. Veja aqui a descrição básica de cada tipo de leite:

1. Leite de Vaca – com certeza, devemos saber que este leite  deve ser mais apropriado para os bezerros, que são  bebês mamíferos muito maiores que os bebês humanos, portanto, os leites destas 2 mães muito zelosas tem algumas diferenças bastante relevantes. O leite de vaca tem o dobro de proteína que o materno, mas é uma proteína super pesada que lhe confere um aporte maior de calorias, mais que o triplo de cálcio, bem como quantidades de ferro alto,  porém de baixa absorção e principalmente mais que o dobro da quantidade de sal (sódio), e estes minerais juntos em quantidades maiores que o necessário, podem ocasionar ao bebe humano uma série de  consequências:

– anemia por deficiência de absorção do ferro e pelos baixos teores de vitamina E,  e de cobre.

– sobrecarga dos rins ainda imaturos dos bebês, com prejuízo na absorção de cálcio e mineralização dos ossos do lactente, além de comprometer o desenvolvimento da função renal no futuro pela presença de grande quantidade de sódio.

Além de ser deficiente em várias vitaminas, uma vez que o bezerro tem muito menos movimento físico e cerebral que o bebê humano, o que pode determinar um atraso do crescimento e desenvolvimento do lactente.

Todo este desajuste alimentar pode determinar no bebê o aparecimento das cólicas, distúrbios nutricionais e diminuição do apetite futuro desta criança. A intolerância ao leite de vaca pode provocar a presença da constipação intestinal, ou até mesmo diarreia intensa, em bebês pelo  teor e o tipo da gordura presente no leite da vaca.

Cabe comentar que as fórmulas infantis  prontas que existem no mercado para consumo de bebês menores de um ano, são em geral preparadas a partir do leite de vaca modificada, e muitas delas ajustadas as necessidades dos bebês, e a escolha da mais apropriada  deve ser decidida em parceria com o médico pediatra que acompanha a criança, tendo este maiores recursos e conhecimento para auxiliar na escolha da fórmula mais apropriada para a idade e desenvolvimento do lactente.

2. Leite de Cabra – Por ser um leite também de origem animal, apesar da cabra ser um animal de menor porte em relação a vaca,  também este leite pode apresentar uma capacidade  causar anemia e semelhante ao leite da vaca.  Mas, em ambos, a anemia só se manifesta se forem usados como alimento exclusivo por tempo prolongado, pois, este fato deverá ser compensado pela introdução da alimentação por volta do sexto mês do bebê. Quando puro deve ser oferecido ao bebê sempre fervido por 5 minutos e diluído inicialmente a 50%  e depois a 1/3 e finalmente puro conforme a tolerância e necessidades da criança. Atualmente já é possível encontrar este tipo de leite já industrializado no comercio.

3. Leite de Soja – já encontrado industrializado no comércio. A soja apesar de um vegetal tem grande teor de proteínas muito próximo ao leite de origem animal, porém de melhor digestibilidade, sendo assim amplamente indicado para bebês acima dos 2 meses de vida com intolerância aos leites de origem animal, devendo ser ajustado a idade e necessidades do bebê.

4. Leite de Cereais ou Leite de Arroz– Também pode ser uma boa alternativa para bebês com intolerância aos leites de origem animal e insuficiência do leite materno. O uso destes também deve ser analisado e ajustado ao bebê pelo pediatra ou pelo medico assistente. Temos: – leite preparado com grãos de arroz integral tostado (505), farinha de aveia integral, farinha de soja e sementes de gergelim. Este leite poderá ser indicado para bebês após o terceiro mês de vida e já é possível encontrar leite de cereais, ou de arroz  industrializado em comercio especializado.

5. Leite de Amêndoas – A amêndoa é um alimento riquíssimo em gorduras e contém  proteínas de alto valor biológico, e com seu alto teor de ferro pode combater a anemia.

receita leite