Bastante divulgado na imprensa, no Brasil e no mundo, um artigo publicado por cientistas afirma que o excesso de álcool faz mal ao cérebro. Segundo a pesquisa, o abuso de bebidas alcoólicas aumenta em até 3 vezes o risco de demência. Esse é mais um motivo para evitar o consumo de bebida alcoólica, principalmente em excesso.

Segundo o estudo, o vínculo entre a demência e as desordens no uso do álcool é provavelmente o resultado de danos estruturais e funcionais permanentes no cérebro, decorrente da bebida.

Vale lembrar que o uso em excesso de bebidas alcoólicas pode provocar pressão alta, diabetes, derrame, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca, sem falar a depressão, baixa autoestima e outros fatores sociais.

Demência na pesquisa:

Na pesquisa os cientistas acompanharam quase 60 mil casos de demência precoce (em pessoas com menos de 65 anos). Desses cerca de 40% a demência estava associada ao consumo em excesso de álcool.

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Consumo moderado

Para essa pesquisa os cientistas ainda não chegaram a um consenso sobre o que seria o consumo moderado. Para a OMS (organização mundial da Saúde) o consumo diário de mais de 60 gramas de álcool para homens (cerca de 6 drinks) e 40 gramas para mulheres (cerca de 4 drinks) é considerado excesso. Porém outros estudos indicam que o consumo de vinho tinto moderadamente pode prevenir doenças.

Diante desse impasse, vale sempre o bom senso, como alerta o Dr. Ariovaldo: “Não recomendamos à ingestão de bebidas alcoólicas. Mas as pessoas que bebem devem ter o bom censo de não consumir em excesso nem com frequência”, explica o homeopata da Clínica Similia.

Para Sara Imarisio, diretora de pesquisas no instituto Alzheimer’s Research, no reino unido “A pessoa não precisa beber até ser hospitalizada para correr riscos. Apesar de não existir uma forma de prevenir completamente a demência, as melhores evidências atuais indicam que assim como cortar a bebida, estar fisicamente e mentalmente ativo, comer uma dieta saudável e balanceada, não fumar e manter o peso, o colesterol e a pressão em dia são bons caminhos para garantir a saúde do cérebro com a idade.”