brincar, homeopatiaEstá previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente: toda criança tem o direito de brincar. Está no artigo 16: além de brincar, também tem o direito de praticar esportes e divertir-se. No entanto, quando é que essa prática começa efetivamente e ser desenvolvida pelos pequenos? A pediatra e homeopata Dra. Ana Lucia Dias Paulo, da Clínica Similia, deu uma entrevista para o blog Homeopatia e Saúde, e apresenta esta e outras informações sobre a importância desta atividade tão saudável para os filhos.

A criança passa a brincar – ou ao menos entender o que é uma brincadeira – a partir do momento em que percebe o mundo externo. “O ato de brincar é uma atitude de interação com algo ou alguém além de si mesma. Até os três meses ela está centrada em si mesma e percebe somente a mão que lhe dá o alimento. Após os quatro meses, ela já percebe outras pessoas e principalmente outras crianças. No caso de irmãos, é fantástica a interação entre eles”, pontua Dra Ana Lucia Dias Paulo.

A brincadeira nesse período é bastante simples, interagindo com as próprias mãos ou até mesmo o ato de sorrir para outras pessoas também significa uma forma de contato com o outro. Portanto, não há a necessidade de brinquedos grandes ou muito elaborados. “Crianças são muito sensoriais, e é muito bom para todos fazer cócegas, por exemplo. Essa brincadeira solta as amarras de uma timidez e abre as portas da confiança no adulto”, acrescenta Dra. Ana Lucia.

Benefícios

brincar, homeopatiA partir desses pequenos atos há muitas conquistas cerebrais. “Isso significa que sinapses neurológicas estão sendo processadas a todo instante. É uma fase que mais vale a qualidade que quantidade. Cantar ou emitir sons com o próprio corpo caracterizam essas brincadeiras”, destaca a pediatra e homeopata da Clínica Similia.

Manter essas atividades interativas contribui com a formação intelectual e cognitiva do ser humano. Vivenciar essas emoções são estímulos importantes e que as crianças carregam para toda a vida, transformando-se em adultos mais equilibrados e felizes. “Cabe falar aqui que é bom para crianças as brincadeiras com animais de estimação, lembrando sempre que animais não são brinquedos, mas seres vivos que devem ser tratados com respeito”, completa a médica.

Crescimento

Quando a criança começa a crescer, em torno dos 6 a 8 meses, as brincadeiras vão mudando. “Tanto adultos quanto outras crianças podem brincar entrando no mundo do bebê, como engatinhar, rolar sobre si mesmo, cantar e dar risada. Emitir esse som faz com que a criança sinta como é externar a alegria”, diz a pediatra Dra. Ana Lucia Dias Paulo.

A pediatra e homeopata da Clínica Similia orienta os adultos a estimularem brincadeiras simples e que evitem estimular muito os bebês com brinquedos eletrônicos ou muito barulhentos.

“Essa prática pode estimular demasiadamente, passando para a criança uma mensagem cerebral muitas vezes incorreta, como a da hiperatividade ou da falta de atenção. Nesse caso, podemos substituir por brinquedos de madeira que sejam seguros e estimulem a atenção e principalmente a concentração dos pequenos”, ressalta.

Quando a criança já anda, corre e fala, as brincadeiras lúdicas são bem-vindas, mas a partir desse momento podem ser mais exigentes, como brincar de casinha, onde a criança desempenha o papel de um personagem da família. Brincar de escolinha, com papel, lápis ou lousa, brincadeiras que seja possível movimentar bastante, como pega-pega, amarelinha, pular corda.

Após os 4 anos de idade, cabe ao adulto orientar as brincadeiras e trabalhar com os pequenos, lições como o que é ganhar ou perder e todos os aspectos que cabem à atividade. “É importante explicar que tudo faz parte de uma brincadeira, desestimulando o espírito competitivo que existe. O que vale mesmo é a brincadeira alegre e feliz”, recomenda a médica.

Participação dos pais

Quando o assunto é integrar o bebê, a participação dos pais é primordial. “Os pais são pessoas que a criança começa a confiar como orientadores, que podem cativar o pequeno com situações simples, utilizando igualmente brinquedos simples como colheres da cozinha ou caixas de papelão. Eles adoram esconde-esconde, esconder o rosto atrás da caixa e dizer ‘achou’. A criança pequena se sente vencedora ao perceber esse desafio”, exemplifica a médica.

 

Dra. Ana Lucia Dias PauloDra. Ana Lucia Dias Paulo é médica pediatra e homeopata.

Atende na Clínica Similia.